Muitas empresas acreditam que basta avaliar o currículo de uma pessoa, contratá-la (se ela “merecer”) e mãos à obra, começa-se o trabalho. Quando muito, enfiam-lhe goela abaixo um pacote de instruções pré-moldadas e “seja feliz, até que uma besteira você faça”. E aí, quando isso acontece, pobre coitado, jogam-lhe toda a culpa por um erro que muitas vezes não é apenas seu, já que ele não foi bem instruído.
Independente da função que for exercer, o novo colaborador (um termo atual e mais condizente na administração contemporânea para funcionário; onde o mesmo participa mais ativamente de tudo que envolve a empresa, inclusive de decisões importantes), precisa ser bem preparado pela organização que o contratou. É importante que nessa primeira fase, ele seja informado sobre as políticas da empresa, sua visão, missão, seu funcionamento, etc. Porque assim, desde bem cedo ele começa a se sentir parte dessa nova “família” em que ele está entrando. Família, sim. Afinal, passamos mais tempo trabalhando, do que em nossas próprias casas. Muitas vezes, sabemos mais sobre nossos colegas de trabalho do que sobre as pessoas que mais amamos. Mas isso também já é outra história, que não cabe ser discutida aqui nesse texto.
Além de toda essa ambientação, é necessário que o colaborador passe por uma fase de treinamento dentro da empresa mesmo. Não um treinamento de caráter avaliativo, afinal ele já faz parte da equipe. Mas algo que o prepare para o que está por vir. E, em muitos casos, ele pode esperar que vem bomba pela frente, principalmente, dependendo em que setor ele for atuar. Por exemplo, call-centers, que são motivos de centenas de reclamações hoje em dia, tendo em vista que, muitas vezes, eles mais atrapalham do que ajudam o consumidor quando precisam.
Assim, aqueles colaboradores que se encontram na linha de frente da empresa, ou seja, os que têm um contato direto com o público (consumidores, comunidade, imprensa, etc) devem receber maior atenção. Isso porque, qualquer coisa que passe por eles e não seja bem resolvida pode acabar se transformando em um grande problema para a empresa, ainda que fosse algo bem simples, de fácil solução.
E aí, a culpa pelo que aconteceu pode até ir para quem não soube resolver a situação, mas quem poderá afundar junto é a empresa. E, salve-se quem puder!
Rodrigo Freitas
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Maio 2017
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