Um dia, eu estava à procura de alguns cursos na Internet para fazer durante minhas "férias", quando encontrei um que se chamava Gerenciamento de Conflitos e Negociação. O título pareceu perfeito para mim que sempre quis desenvolver o meu lado negociador, e de quebra, ainda aprender a resolver conflitos profissionais e pessoais.
Resolvi, então, me inscrever. Achei que fosse aprender alguns conceitos interessantes, tirar algumas lições... mas nunca podia imaginar que eu vivenciaria momentos tão intensos com pessoas que eu mal conhecia e chegar a ponto de “matar” alguém, um farmacêutico, mesmo que de forma figurada. E, ainda que, tenha feito isso para salvar a vida de um filho.
Mas, muita coisa aconteceu antes dessa "tragédia". Como em todo grupo que acaba de se formar, a timidez era inevitável, sendo, porém, quebrada rapidamente pelas brincadeiras e jogos que nos "forçavam" a conhecer a todos. Dessa maneira, antes do término do curso, todos já estavam agindo como se conhecessem há mais tempo do que na realidade.
E para quem achava que já se conhecia o suficiente, ledo engano. A cada dinâmica, a cada teste éramos obrigados a confrontar a nós mesmos e, assim, de certa forma, descobríamos sentimentos que não achávamos que tivéssemos. Mas não só percebemos novas facetas em cada um de nós. Aprendemos também a reconhecer os vários estilos de personalidade para que, dessa forma, soubéssemos como negociar com diferentes tipos de pessoas e fôssemos "vencedores" nessa difícil tarefa de se relacionar com o outro.
Eu explico o porquê das aspas nos vencedores. Porque ao conhecermos melhor a nós mesmos e aqueles que estão à nossa volta, pudemos perceber que o costumeiro ato de olhar apenas para o próprio umbigo não é o ideal. É muito melhor que haja uma relação "ganha-ganha", onde a confiança esteja presente e todo mundo saia satisfeito, como verificamos a duras penas, é verdade.
E quanto ao "assassinato" que mencionei lá em cima que cometi, só tenho duas coisas a dizer em minha defesa. A primeira, que não agi sozinho; e a segunda, que foi uma situação extrema... extraordinariamente controlada e observada em um jogo e que eu não seria capaz de cometer na vida real.
Assim, transcorreram essas 4 aulas com muitas discussões, alterações de vozes, pedidos de calma (apesar de entremeados por sutis risadas), por parte do nosso professor Wilson Santos e, acima de tudo, muito aprendizado e diversão. E, pensando bem, conflitos à parte, aquele farmacêutico bem que “mereceu” o fim que levou.
Rodrigo Freitas
0 Comentários
Enviar uma resposta. |
MatériasPermitida a reprodução do conteúdo e matérias, desde que citada a fonte Para ler as matérias de um único autor, clique no nome na lista de categorias. Arquivos
Maio 2017
Categorias
Todos
|