“Pronto! Assim já está bom. Para que melhor que isso? Prefiro parar por aqui a me cansar à toa. Afinal, o que eu vou ganhar a mais por isso?” Talvez nada... ou talvez muita coisa. Isso vai depender do ponto de vista de cada um. Eu explico.
Durante toda nossa vida, somos obrigados a nos confrontar com diversas situações que exigem uma certa dose de “sacrifício” de nossa parte. Porém, nem sempre nos dedicamos ao máximo do que somos capazes, mas sim, apenas o suficiente para resolver o assunto em questão. Ser suficiente nem sempre é o bastante. Confuso? Um pouco, talvez. Mas de acordo com uma das definições do Dicionário Aurélio (*), suficiente é aquilo “que está entre o bom e o sofrível”. Ou seja, está na média apenas.
Mas poderia estar muito melhor, caso houvesse maior dedicação de nossa parte. Porém, não somos inteiramente culpados por isso. Nós, brasileiros, salvo exceções, não temos uma cultura de exigir mais de nós mesmos, de ir além de nossas próprias expectativas. De certa maneira, em geral, desde pequenos somos incentivados a ser assim. Estudamos apenas para passar de ano, e não para aprender algum conteúdo realmente. Quando crescemos e conseguimos um trabalho, por exemplo, fazemos apenas aquilo que se espera de nós, o que nos foi incumbido. E se vamos além, se procuramos nos exceder, logo viramos o “Caxias” da empresa. E nesses casos, somos mal vistos, muitas vezes, até mesmo pelos nossos chefes que deveriam ser os primeiros a nos incentivar. Assim, passamos a ter medo de nos expor e nos fechamos. Viramos máquinas retentoras de um conhecimento vazio e meras cumpridoras de ordens.
Um bom exemplo de superação, de pessoas que “vão além” de todos os seus limites físicos são os atletas. Para eles, estar na média não basta. Eles querem ser os melhores e se empenham verdadeiramente para isso, chegando a treinar durante horas seguidas para alcançar seus objetivos, sejam eles quais forem. Não que eu esteja dizendo que todos nós devamos agora nos tornar atletas ou super-homens no trabalho, nos estudos ou mesmo em casa. Longe disso! Mas também não custa muito nos dedicarmos um pouco mais para alcançar resultados melhores em nossas vidas. Afinal, os maiores beneficiados seremos sempre nós mesmos.
Bom, acho melhor eu encerrar esse texto por aqui... antes que eu passe a ser considerado o Caxias.
(*) FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio: O Dicionário da Língua Portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
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Maio 2017
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