Frequentemente verifica-se que as empresas e seus RHs despendem esforços e recursos naquilo que chamam de treinamento enquanto, na verdade, estão promovendo a capacitação de colaboradores.
Embora aparentemente sinônimos, os dois termos apresentam importantes diferenças.
Capacitar é habilitar, tornar capaz alguém para alguma coisa. Capacitamo-nos para o exercício de uma atividade ou profissão pelo estudo sistemático e aprofundado da atividade objeto do estudo e, consequentemente, das disciplinas que compõem o seu currículo programático.
Treinar, contudo, é tornar alguém apto, habilidoso, para executar determinada tarefa ou atividade com base naquilo em que foi capacitado e habilitado através do estudo. Então, treinar é exercitar alguém naquilo em que, anteriormente, foi capacitado.
Nesse sentido podemos compreender que, por exemplo, não é possível que alguém exerça a função de médico sem anteriormente ter capacitação universitária em medicina e, consequentemente, ter passado posteriormente por um estágio supervisionado, uma residência médica, um estágio que promova o treinamento prático para a atividade médica. Parece óbvio, não? E, quanto mais experiente um médico, melhor ele será. Pelo menos é isso que se espera e se ouve frequentemente.
Da mesma forma, vendedores, atendentes, corretores, balconistas e outros poderão obter ótima capacitação em produtos ou serviços dentro de suas empresas, conhecendo profundamente as características e benefícios daquilo que estarão ofertando aos clientes sem, contudo, estarem treinados adequadamente para o atendimento e a resolução dos problemas que se apresentam na atividade no dia-a-dia.
E assim se dá com qualquer profissão ou atividade, porque a vivência é fator importante para o bom exercício profissional, e esta só pode ser obtida através do treinamento, programado e preparado para o bom êxito do indivíduo em suas funções.
Pense no que você está fazendo com seus colaboradores. Capacitando ou treinando? E por que não fazer os dois? E se tiver alguma dúvida, fale comigo.