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Metodologia APA
Na década de quarenta, na Inglaterra, o professor Reginald "Reg" William Revans (1907 - 2003) observou que empregados de empresas aprendiam mais uns com os outros, analisando situações reais de gestão, do que em uma sala de aula convencional. Reunindo empregados de empresas que tivessem problemas comuns, Revans propunha que trocassem idéias até chegarem a soluções práticas, e denominou esse método de Action Learning, ou Aprendizagem pela Ação – APA. A análise das experiências de Revans desencadeou na década de sessenta o início da proposta metodológica da APA.Nos treinamentos baseados na APA, grupos de empregados são constantemente estimulados por um facilitador a refletir sobre seus problemas concretos, aprendendo continuamente uns com os outros, sendo colocados em situações em que tomam decisões reais, realizam-nas na prática e analisam criticamente os resultados. Por trabalhar com experiências estruturadas de aprendizagem – simulações, jogos, dinâmicas, etc, a APA permite que os participantes vivenciem e processem experiências reais, ampliando a consciência dos pontos fortes e pontos fracos de seus desempenhos diante de situações significativas, possibilitando que construam conceitos e formulem princípios de aplicação imediata a uma gama de situações reais da vida cotidiana. Também sensibiliza os participantes para a mudança das atitudes e condutas atuais para outras consideradas mais produtivas e eficazes em situações específicas, tais como desempenho empresarial, atuação gerencial, trabalho em equipe, comunicação, negociação, relacionamento interpessoal, planejamento, tomada de decisões, realização de tarefas e outras. Num exercício de APA, a aprendizagem ocorre quanto o participante cumpre uma seqüência de etapas, representada pelo CAV – Ciclo de Aprendizagem Vivencial.
Business Game
Tomar decisões é uma tarefa difícil que só é dominada pelo exercício da profissão, principalmente na gestão de negócios e empresas. Ensinar pessoas inexperientes profissionalmente a tomarem decisões apresenta uma série de dificuldades aos professores devido a necessidade da criação de cenários com situações críticas onde os alunos possam analisar e decidir sobre alternativas possíveis. A metodologia de ensino convencional fornece aos alunos teorias, métodos e ferramentas necessárias ao desempenho profissional num ambiente distante da realidade e da aplicação prática, onde não estão presentes diversos fatores que influenciam o desempenho. Business Game (também chamado Jogo de Empresas, Jogo de Negócios ou Jogo Empresarial) é uma simulação de um ambiente empresarial de negócios onde os participantes atuam como atores avaliando e analisando criticamente cenários hipotéticos e as possíveis conseqüências decorrentes das decisões adotadas. O uso de simulações não é novo e já era encontrado nos jogos praticados no Antigo Egito. O primeiro uso de jogos na educação e desenvolvimento de habilidades e pesquisa teria ocorrido na China, por volta de 3000 a.C. com a simulação de guerra Wei-Hai e na Índia, com o jogo Chaturanga. Em 1664 surgiu o uso militar dos jogos com o The King`s Game; em 1780 com o War Chess, e em 1798 com o New Kriegspiel. Nos séculos XIX e XX estratégias militares foram desenvolvidas através de jogos e simulações. Os primeiros Jogos de Empresas surgiram na década de cinqüenta, aproveitando os conceitos de táticas e estratégias militares em batalhas aplicados aos negócios. Atualmente existe grande número de Jogos de Empresas, inclusive em computador, para o ensino e desenvolvimento do Empreendedorismo, de gestão e para o desenvolvimento de habilidades e competências profissionais. Nos Jogos de Empresa vivenciais a consolidação dos conhecimentos adquiridos acontece de forma efetiva e duradoura durante as etapas do CAV - Ciclo de Aprendizagem Vivencial.
Live Action
Live Action (Ação ao Vivo) é uma variação do RPG (Role Playing Game) – Jogo de Interpretação Livre. Por volta de 1993 houve a maciça entrada do RPG no Brasil como entretenimento, e muitos jogadores que nos anos seguintes se tornaram professores começaram a utilizar esse jogo como mais uma ferramenta que facilitasse o ensino. No RPG, grupos de jogadores assumem papéis que interpretarão, de acordo com as normas do jogo, criando uma história de aventura livre, dentro de um cenário imaginário, em torno de uma mesa, orientados pelo Mestre do Jogo (facilitador) e essa técnica vem sendo utilizada até hoje com sucesso para o ensino dos mais variados temas. O Live Action é como se fosse um grande teatro interativo. Sai da sala para um espaço maior, ou ao ar livre, dando mais liberdade aos jogadores, inclusive a capacidade de improviso, onde a figura do Mestre é um pouco diferente da figura do RPG comum. Ele é como um diretor de teatro que coordena o jogo como um todo enquanto mestres auxiliares interagem com os jogadores resolvendo ações e conduzindo a aventura em conjunto com eles e o mestre principal. As vantagens do Live Action sobre o RPG tradicional são muito claras, pois tem maior ludicidade, dá mais movimento ao jogo e aos participantes, é visualmente mais atraente pela possibilidade da construção de um cenário físico, dá maior possibilidade de desenvolvimento da expressão corporal e da linguagem não verbal e os aspectos cooperativos se mostram mais evidentes.