Até algum tempo atrás, você podia considerar-se um vencedor profissionalmente se tivesse uma faculdade, pois isso era sinônimo de sucesso certo. Os tempos mudaram, as empresas também e começou-se a exigir mais dos funcionários: especializações, mestrados, doutorados, cursos de informática, de idiomas, etc.
Mas e hoje em dia? Será que “só” acumular títulos é o suficiente? Ao que tudo indica não. As empresas modernas exigem boa parte de tudo isso que foi dito, mas atualmente, elas se preocupam também com a capacidade do seu funcionário ter um bom relacionamento interpessoal. Ou seja, saber interagir bem com outras pessoas: seu chefe, seus colegas de trabalho, clientes ou qualquer outro público da empresa em que trabalha.
Daniel Goleman (*), em seu livro Inteligência Emocional, fala, através de uma história, sobre “a formação de um incompetente social”, de onde retiro uma citação. Ele disse: “Não há dúvida sobre o brilhantismo de Cecil, um experto, de formação universitária, em línguas estrangeiras, soberbo nas traduções. Mas, em aspectos cruciais, ele era completamente inepto. Pareciam faltar-lhe as mais simples aptidões sociais”.
Observamos, assim, como é importante nos dias de hoje ter um mínimo de traquejo social para saber lidar com as diferentes situações que podem surgir e mesmo para manter um bom relacionamento no dia-a-dia com todos.
Além desse, um outro problema bastante comum que pode afetar o relacionamento dentro de uma empresa são os interesses de cada um, ou de cada setor, que nem sempre são compatíveis. Muitas vezes, as pessoas esperam ter suas necessidades “saciadas” e nem ao menos se preocupam em saber se as decisões tomadas serão satisfatórias para todos ou apenas para si.
Apesar de parecerem dois problemas distintos, ambos têm a mesma “raiz”, o ser humano. E também podem gerar conflitos que serão prejudiciais ao desenvolvimento do trabalho, o que acabará atrapalhando os interesses de toda a organização.
Um bom líder deve ser capaz de perceber esses tipos de problemas para solucioná-los antes que se tornem bolas de neve, muito mais difíceis de serem controladas. Para isso, é necessário estar bastante atento a tudo que se passa no ambiente de trabalho, sem, no entanto, se tornar um chefe controlador e que não faz outra coisa a não ser vigiar os passos de cada funcionário. Por fim, um bom diálogo com todos também pode ser muito útil nesses casos, pois além de demonstrar transparência, faz com que os colaboradores sintam-se parte do todo e não apenas das partes.
Rodrigo Freitas
(*) GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. 16ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.
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Maio 2017
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